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MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Procure logo um serviço médico de emergência levando a embalagem, rótulo, bula e receituário agronômico do produto.
Ingestão
Em caso de ingestão acidental, não provocar vômito
Pele
Em caso de contato lave com água em abundância e sabão neutro.
Olhos
Em caso de contato,lave com água corrente em abundância por 15 minutos.
Inalação
Em caso de inalação, transporte o intoxicado para um local arejado. Se o intoxicado parar de respirar, aplique imediatamente respiração artificial. Transporte-o para assistência médica mais próxima .
INFORMAÇÕES MÉDICAS
Grupo químico: Inorgânico
Classe toxicológica: Classe IV - Pouco Tóxico
Mecanismos de toxicidade
Na região traque bronquial a presença da poeira estimula um aumento na produção de muco para auxiliar o trabalho dos cílios ali existentes na remoção das partículas. A estimulação prolongada das células e das glândulas de secreção do muco pode induzir a hipertrofia dessas estruturas.
As células do pulmão possuem uma alta taxa de reposição ou renovação, onde as células com a superfície parcialmente danificada são rapidamente trocadas por células novas. Devido à rápida regeneração das células do pulmão, há provavelmente maior vulnerabilidade às alterações carcinogênicas pela presença da poeira.
Os mecanismos que induzem a formação do câncer provocado pela sílica livre cristalizada ainda estão sendo estudados. Existe um número maior de evidências demonstrando que o persistente processo de inflamação dos pulmões gera substâncias oxidantes que resultam nos efeitos genotóxicos no parênquima pulmonar. A sílica livre cristalina é extremamente tóxica para o macrófago alveolar devido às suas propriedades de superfície que levam à lise celular.
Vias de absorção
Oral e Inalatória
Sintomas e sinais clínicos
Via Oral: Os dados disponíveis parecem substanciar a inércia biológica da sílica e silicatos quando absorvidos por essa via. Todo silicato absorvido é excretado pelos rins sem evidência de acumulação tóxica no corpo.
Inalação: Exposição prolongada pode causar fibrose pulmonar.
Pele / Olhos: Pode causar irritação e inflamação. Esse material é considerado um pó nocivo, mas não-tóxico.
Inalação prolongada de sílica cristalina pode resultar em silicose, uma fibrose pulmonar incapacitante caracterizada por alterações fibróticas e nódulos pulmonares, tosse seca, respiração curta, enfisema, decréscimo da expansão peitoral e susceptibilidade à tuberculose aumentada. Em estágios avançados pode ocorrer perda de apetite, dor pleurítica e incapacidade total para trabalhar. A silicose avançada pode resultar em morte devido à falência cardíaca ou destruição do tecido pulmonar. A sílica cristalina é classificada como sendo do grupo 2A "Provavelmente carcinogênico para humanos" pela IARC e "evidência suficiente" de carcinogenicidade pela NTP.
A silicose predispõe o organismo a uma série de co-morbidades pulmonares e extra-pulmonares, como a tuberculose, o enfisema, a limitação crônica ao fluxo aéreo, as doenças auto-imunes e o câncer.
As observações efetuadas geralmente estão associadas aos indivíduos expostos ocupacionalmente.
Toxicocinética
Administração de uma dose única de 2,5 g de dióxido de sílica polimérica a voluntários não aumentou significativamente a excreção de Si02 na urina sugerindo uma pobre absorção do composto. A excreção média de 24 h de Si02 em cinco machos submetidos a uma dieta regular foi de 16,2 mg. O valor variou bastante e foi relacionado à quantidade de Si02 na dieta. A excreção urinária de sílica foi aumentada quando Mg2Si308 n H20 foi administrado via oral.
Em experimentos com dois voluntários, foi observado que após ingestão de 50 mg de ácido sílico monomérico, a excreção renal do Si02 por unidade de tempo não foi relacionada à quantidade de urina excretada na mesma unidade de tempo. A máxima excreção ocorreu com uma ou duas horas. Mesmo em altas concentrações (acima de 700 pg Si02 /cm3 na urina) o ácido silícico ainda estava presente na forma reativa de molibdato. O ácido silícico polimeriza acima de 100-150 gramas Si02/cm3. A velocidade de polimerização é dependente do pH e da concentração.
O experimento foi realizado para excluir danos ao trato urinário através da precipitação de proteínas pelo ácido silícico polimérico formado pela polimerização de ácido monomérico silícico em altas concentrações.
Diagnóstico
O diagnóstico da Silicose é baseado na radiografia de tórax, em conjunto com história clínica e ocupacional coerentes. Eventualmente, outros procedimentos são necessários (provas de função pulmonar, teste de exercício para estabelecimento da incapacidade funciona)
Tratamento
Não se conhece qualquer tratamento médico capaz de inverter o processo da silicose, cabendo apenas o controle das complicações. Por conseguinte a prevenção assume uma importância extremamente crítica. O afastamento de situações de exposição poderá contribuir para diminuir o ritmo de progressão da doença. Os corticosteroides não têm mostrado eficácia na redução do progresso da doença. Caso sejam detectadas complicações, tais como insuficiência cardíaca ou tuberculose, deverá ser rapidamente iniciado um tratamento adequado. Todos os indivíduos deverão ser energicamente aconselhados a deixarem de fumar devendo ser-lhes prestado todo o apoio e informação referente à abstenção do fumo.
Contra-indicações
A indução do vômito é contra-indicada em razão do risco potencial de aspiração.
Atenção
As Intoxicações por Agrotóxicos estão incluídas entre as Enfermidades de Notificação Compulsória. Comunique o caso e obtenha informações especializadas sobre o diagnóstico e tratamento através dos Telefones de Emergência PARA INFORMAÇÕES MÉDICAS:
Disque-Intoxicação: 0800-722-6001
Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência toxicológica
RENACIAT - ANVISA/MS
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